Disciplina - Matemática

Matemática

10/04/2015

Programação e matemática

Projeto do Paraná quer levar ensino de programação a escolas do Brasil

Batizado de Code Wars, projeto utiliza plataformas gratuitas para levar ensino de matemática e código a escolas públicas do Paraná

Futebol ou computação? Para Soraia Novaes, coordenadora do Centro Regional de Inovação e Design de Maringá, não vai demorar muito para que a garotada local se transforme em novos e talentosos programadores e despertem, nas grande empresas, o mesmo interesse jovens jogadores de futebol causam em times internacionais. Aos risos, diz: “brincamos, mas é verdade!”.

Soraia tem, entre suas missões, descobrir os Neymars e Ronaldinhos da programação. Coordenadora do Code Wars, projeto que se propõe a levar o ensino de programação às escolas públicas, ela e uma equipe de profissionais de Maringá dedicam tempo e esforços para engajar professores, diretores de escola e indústria para conscientizar sobre a importância da lógica da matemática no cotidiano da sala de aula.

“Apenas 12% dos nossos jovens tiveram ensino adequado em matemática. Esse desfalque dificulta muito a área de computação. Por isso, esses alunos correm de cursos como engenharia da computação, por que acreditam que não vão conseguir”, pontua.

Por enquanto, com um ano de atuação, o Code Wars contabiliza uma turma da escola da rede estadual e grupos de crianças e adolescentes que aprenderam o básico de programação em 2014, quando o Code Wars também se alinhou com a proposta global do “A Hora do Código”. Ao todo, segundo Soraia, foram mais de 800 estudantes impactados pela iniciativa.

Guerra de Códigos

O Code Wars é uma espécie de “guia aberto” para estudantes entre 10 e 17 anos aprenderem da forma mais “descomplicada” a programarem. “Montamos um roteiro de aprendizado”, explica Soraia.

Segundo a coordenadora, o programa possui 20 missões ou aulas, com carga horária suficiente para um ano de conteúdo. A proposta é que as aulas sejam ensinadas nos laboratórios de informática das próprias escolas e que sejam dadas no período de contraturno dos alunos. No escopo do projeto, voluntários, entre professores de informática ou mesmo profissionais de TI, dão assistência aos alunos, que podem também seguir com o conteúdo de forma independente.

Um dos objetivos para este ano é escalar o projeto para um número maior de escolas públicas, incluindo a expectativa de levá-lo para outros estados do País. Para isso, o Code Wars tem como vocação o uso de plataformas de ensino aberto e gratuito, entre elas conteúdos disponibilizados pela Khan Academy e Duolingo, plataforma de ensino de idiomas.

O roteiro inclui conteúdos e desafios em matemática, programação e em inglês e pode ser encontrado no site edtechnova.com.br. De acordo com Soraia, toda a metodologia e os voluntários são indicados pelo Code Wars.

Soraia ressalta que da turma formada em 2014, três jovens com idades entre 12 e 13 anos conseguiram desenvolver aplicativos de forma independente. “Esses jovens são o que a indústria procura. E o projeto acaba ajudando a encontrar esses talentos”, ressalta.


 Esta notícia foi publicada em 07 de abril de 2015 no site IDGNowTodas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.

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