Disciplina - Matemática

Matemática

06/03/2014

A matemática também é arte , também é música

Por Sara R. Oliveira

A matemática, já se sabe, tem estruturas, padrões, equações, problemas, sinais, muitos números. Elementos que ajudam a conhecer melhor o mundo que nos rodeia e a perceber como esse ramo do conhecimento influencia as mais diversas formas de criação artística, das artes plásticas à música, passando pela arquitetura e várias outras áreas. Nos sábados de 8, 15 e 22 de março, no auditório da Biblioteca Almeida Garrett, no Palácio de Cristal, no Porto, a partir das 18h00, debatem-se ideias, partilham-se experiências, consolidam-se ou põem-se em causa dados adquiridos, sempre com a Matemática em pano de fundo. Uma iniciativa da Invicta Cultura, associação cultural que há dois anos nasceu para colmatar o encerramento ao público do Clube Literário do Porto.
Trocar a matemática por miúdos tem sido uma missão da sociedade que quer mostrar por a + b, sobretudo aos mais pequenos, que a disciplina de Matemática não é um monstro com sete cabeças. Há que combater essa fama e este ciclo de debates não é apenas mais um. São vários os momentos em que se pretende abrir horizontes, discutir caminhos, descobrir que há miolo no que se analisa. Porque todos sabem já que a matemática faz parte da vida de todos, das rotinas diárias, dos cálculos que os cérebros não param de fazer.

A Invicta Cultura quer demonstrar que a afirmação de Galileu “a natureza é como se fosse um livro escrito em linguagem matemática” tem razão de ser e que a matemática é uma linguagem universal, que oferece “um conjunto singular de ferramentas para compreender e mudar o mundo” e que é essencial em muitas áreas do conhecimento, contribuindo até para o desenvolvimento de novos ramos. As conferências querem desafiar professores, investigadores, alunos, e estimular o gosto por pensar, pesquisar, investigar.

O físico e professor universitário Carlos Fiolhais moderou o primeiro debate sobre Matemática e Natureza. A 8 de março, volta-se a falar de matemática na perspetiva da organização, da gestão de informação e da tomada de decisão. Armando Leitão, da Faculdade de Engenharia do Porto, modera o painel composto por Paulo Gomes, do Instituto Superior de Estatística e Gestão, Alberto Adrego Pinto, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, e António Belo, da Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa. A 15 de março, fala-se de Matemática e de Artes, de Literatura, de Música e Arquitetura com Helena Mena Matos, da Faculdade de Ciências do Porto, a conduzir a conversa. Olga Pombo, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Ana Pereira, do Vale da Universidade do Minho, e João Pedro Xavier da Faculdade de Arquitetura do Porto marcam presença para sublinhar ideias.

Na última conferência, a 22 de março, as atenções concentram-se, uma vez mais, na Matemática na sua vertente de Biopolítica, e também na Estatística, na Bioética, sob coordenação de Eugénia Vilela da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. O assunto dá pano para mangas e Manuel Vilares, do Instituto Superior de Estatística e Gestão, Ana Sofia Carvalho, do Instituto de Bioética da Universidade Católica Portuguesa e José Caselas, do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, assumem o dever de esmiuçar alguns dados, de responder a eventuais questões, de esclarecer dúvidas que possam surgir na plateia. A organização avisa que pretende contribuir para “um debate estruturado de ideias que ajudem a sociedade portuguesa a consolidar valores, fundamentar escolhas e construir um melhor presente com futuro”. Com a matemática por perto.

Esta notícia foi publicada em 05/03/2014 no site http://www.educare.pt. Todas as informações são responsabilidade do autor.
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