Disciplina - Matemática

Matemática

11/07/2016

De forma divertida e criativa...

De forma divertida e criativa, professora ensina Matemática aos alunos

Docente da rede pública inova e cria feira que desmitifica todas as dificuldades do "bicho papão" das salas de aula

Por Aristide Furtado - Manaus (AM)

A professora Lia Lima Schneider encontrou uma forma criativa de despertar nos estudantes o prazer de aprender a “temida” matemática. Desde 2011 ela promove a feira “Jogos matemáticos”, uma exposição onde alunos e alunas do terceiro ano do Ensino Médio mostram como os cálculos e fórmulas tidos como “complicados” na sala de aula fazem parte do nosso dia a dia sem que a maioria de nós sequer desconfie.

Este ano a experiência foi levada à Escola Estadual Castelo Branco, no bairro São Jorge, Zona Centro-Oeste, e reuniu quatro turmas do turno matutino, nesta semana que passou. A ideia, segundo Lia Lima, é aplicar os conteúdos programáticos dos três anos do Ensino Médio em situações do cotidiano. “Eles apresentam temas transversais como a arte, a música, a literatura, envolvendo isso nos jogos matemáticos. Cada tema que apresentarem vão abordar um jogo”, explicou a mestra durante a feira inovadora.

A professora ressalta que abordar uma disciplina que é considerada um “bicho de sete cabeças” de forma lúdica quebra a resistência e o preconceito em relação à matemática. “Isso faz com que o aluno aprenda mais fácil e mais rápido. Então quando ele pensar em um problema vai conseguir desenvolvê-lo porque no jogo que fez na sala sabe as etapas a serem processadas. E também porque só em sala de aula, só prova e só trabalho, muitas vezes é cansativo. Tirar eles um pouco daquele ambiente padrão e colocar o que eles aprenderam em pratica ajuda a dar um outro significado para a matemática”, disse.

Coordenadora das equipes do 3º ano 1, a estudante Gabriele Santos, 17, contou que a feira lhe ajudou a mudar a visão que tinha dos conteúdos matemáticos e da importância deles. “Eu realmente nunca fui muito fã de matemática, mas depois desse projeto pude ver que a gente usa os números no dia a dia e eles não são aquele monstro de sete cabeças que a gente pensa. Que mesmo brincado a gente pode aprender matemática e ensinar como estamos fazendo aqui. No esporte, tem matemática até nas medidas geométricas do campo”, disse a estudante.

Mena Bianca Paiva, 17, do 3º ano 4, aprendeu que um ramo da matemática, a metrologia, está presente em todos os prédios e ruas que frequenta. “Traça um nexo entre a teoria que a gente aprende na sala de aula com o que a gente vive no cotidiano, acrescentando conhecimento e abrindo a mente. Eu gostava da matemática, mas com a feira melhorou. De forma criativa e dinâmica é melhor de aprender. Um tema que é comum e eu não fazia a mínima ideia: a metrologia”, afirmou.

A equipe de Felipe Souza, 17, demonstrou, na feira, de que forma o jogo de basquete se torna viável a partir da aplicação dos conceitos da geometria. “A gente vê a matemática como algo complexo que ninguém consegue aprender. Quando descobrimos que a matemática não é apenas na questão do quadro, mas se aplica no cotidiano como na música, dança, é outra coisa. Se aplica até na roupa que vestimos. Perdi os preconceitos que a gente tem da matemática. A gente tem um novo sentido do porquê a matemática está no mundo”, disse o aluno.

As dificuldades

O levantamento publicado pela ONG ‘Todos pela Educação’ em dezembro de 2014, com nos resultados da base a Prova Brasil e o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) mostraram que, no Brasil, os baixos percentuais de aprendizagem no ensino médio se constituem em abrangência nacional. No País, somente 9,3% dos estudantes aprenderam o considerado adequado em matemática e 27,2%, em português.

Esta noticia foi publicada em 09/07/2016 no site http://www.acritica.com/. Todas as informações contidas são responsabilidade do autor
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